RESULTADO IX CONCURSO
LITERÁRIO VIRaRTE
Premiados
1º lugar – Clevane Pessoa de Araújo Lopes – Belo Horizonte-MG - De poetisa
2º lugar – Luiz Gondim – Rio de Janeiro-RJ - Máscaras
3º lugar – Elaine Maria Goulart Nunes – Rio Grande-RS - Por uma fresta
Troféu Primeiras Letras – Gustavo Sthal – Santa Maria-RS - Constante acidez temporal
Troféu Talento Jovem – Robson Weiss Machado – São Luiz Gonzaga-RS – Dialética
Troféu Escrevinhador – Geraldo Trombim – Americana-SP - Canto da página
Troféu Destaque da Casa – Leandra Cohen – Santa Maria-RS – Um menino chamado Jonh
Classificados
4º lugar – Aldemir Lencini – Poesia tradicionalista II
Clevane Pessoa – Dos ciúmes e do ciumento
Luiz Gondim – Quimera
Maria Apparecida S. Coquemala – Faz tempo
Nurimar Bianchi Mello – Descobertas
Reginaldo Costa de Albuquerque – Ferro em brasa
Renato Schorr – Devaneios
5º lugar – António Boavida Pinheiro – Poema incompleto
Larí Franceschetto – Reminiscências
Fernando Catelan – Rasgando carnes
Francisco Ferreira – Voyeurs
Clevane Lopes – Dos recomeços
Lóla Prata Garcia – O colar de Cora Coralina
Nurimar Bianchi Mello – Retorno
Patrícia de Paula Aniceto – Confissão
6º lugar– Luiz Gondim – Tarde de chuva
Francine de Oliveira Palma – Corpos
Haydée S. Hostin Lima - Léia
Aldemir Lencini – Poesia tradicionalista I
Francisco Ferreira – Operariado
Maria B. Venite – luminescência
Renato Schorr – Remanso e calmaria
Kelly Cristine Vargas – Invalidez
Lina Maria Lisboa da Silva – O poder do Zéfiro
7º lugar– Jussara G. Zanatta – Documentário selvagem
Antônio Vilela Pereira – Felicidade/
Um cadinho de ternura
Larí Franceschetto – Ainda existe um lugar
Lina Maria Lisboa da Silva – A partida
Caroline M. de Moraes – Silêncio/Sossego/ Acaso
Clevane Lopes – Das sementeiras
Nurimar Bianchi Mello – Espreitar
Fernando Catelan – Beijos desfalecidos
Elaine Maria Goulart Nunes – Flores roubadas
8º lugar– António Boavida Pinheiro – O saber
Frederico Eduardo Wollmann – Bom êxito/
Sabedoria é adorno
Pâmela Leão – Triângulo amarrotado
Denivaldo Piaia – Ai de mim/ Tudo pode o poeta
Caio Henrique Solla – Conselho em haicais
Lóla Prata Garcia – Convênio/ Porta do céu
Wagner Luiz Aniceto – Faz de Conta
Fernando Catelan – A marcha
Maria Apparecida S. Coquemala – Outono
Mary Azambuja – Existência
Elaine Maria Goulart Nunes – Réplicas
9º lugar– José Alves Camargo – Stand-arte
(M) a rte, In-espero
Antônio Vilela Pereira – A terra, o sol e a humanidade
Iva da Silva – Vida
Larí Franceschetto – Madrugada
Maria B. Venite – Drops em versos 2
Nara Regina de Almeida Lucion – Balalaida
Reginaldo Costa de Albuquerque – Homem-bala
Terezinha Ofélia Nascimento Rennó – Laços de ternura
10º lugar– Adriana Pavani – Somos como um rio
António Boavida Pinheiro – És um vencedor
Benedito Pereira da Costa – Inexplicável
l Kelly Cristine Vargas – Rumo incerto
Pedro Franco – Calar, quem há de
Pâmela Leão – Se merecesse, um título, o teria!
Francine de Oliveira Palma – Olhos
Geraldo Trombim – Porções dispépticas
Maria Apparecida S. Coquemala – A rosa vermelha
Caio Henrique Solla – Radar quebrado
Wagner Luiz Aniceto – Ilações
11º lugar – Maria B. Venite – Drops em versos
Maria Nedy Rossini– Belezas da vida/
Ilusão perdida
Nestor Silva Salles – Ébrio
Pedro Franco – A menina desconsolada
Lenon Silva Alves – Mão acolhedora
Versos inacabados
Denivaldo Piaia – Benditos os frutos
Marcelo Ávila Marques – Árido oceano/
A barata e a borboleta
Geraldo Trombim – Inventário
Caio Henrique Solla – Ao pó
Clevane Pessoa – Da rotina
12º lugar– João Justiniano – Coerência
Gustavo Stahl – A dor da minha solidão
Nestor Silva Salles – Almas desabitadas
Pedro Franco – Todos, todos mesmo
Pâmela Leão – Desritmado
Lina Maria Lisboa da Silva – As voltas com a genética
Marcelo Ávila Marques – A distância do desejo
Francisco Ferreira – Guerra santa
13º lugar – Adriana Pavani – Prova de fogo
Jussara Grapiglia Zanatta – Miragem/
Realizações
Rômulo Portella Silva – Mente perigosa
André Nacur – Canção para não acordar
Caligrafias
Mary Azambuja – Outono
Neísa Leite Veleda – Cromo
Maria Nedy Rossini– Noite de amor
14º lugar- Adélia Eisnfeldt – Teia /Vindima
André Nacur – Ah... a poesia
Clevane Pessoa – Do inesperado
Nara Regina de Almeida Lucion – Um feliz
encontro de acasos
Josiane Vítor Lerino – Questão de nível
Lenon Silva Alves– Ecos da paixão
15º lugar– Adélia Eisnfeldt – Vertente
Kelly Cristine Vargas – Ríspida dor
Mary Azambuja – Imprevisto
Gustavo Belladona – Mundo flor
Gustavo Stahl – Deprimente mundano oprimido
Renato Schorr – Um róseo anjinho
Terezinha Ofélia Nascimento Rennó - Expectativa
Convidados especiais
Auri Sudati – Santa Maria-RS
Ayda Bochi Brum – Santiago-RS
Eliana Wismann Alianak – São Paulo-SP
Onilse Noal Pozzobon – Santa Maria-RS
Nere Beladona – Restinga Seca-RS
Rita Velosa – Américo Brasiliense-SP
Coordenadoras:
Edinara Leão e Solange Battirola
Concurso 2011
Movimento virArte
Fundação 21/10/2003
Registro 1088 de 27/10/2003 – CNPJ 05.988.883/0001-03
VIII CONCURSO LITERÁRIO virArte
Regulamento
Objetivo: Promover e divulgar a arte literária.
Participação: Aberta a poetas do Brasil e exterior, tema livre, e poemas de, no máximo, 28 linhas.
Inscrições: Até 20 de fevereiro de 2011, no valor de R$10,00 (p/3 poemas)
Estudantes: Isentos; Sócios: R$5,00
Depósitos: Banco do Brasil, ag. 0126-0, conta-poupança 40565-5, variação 1 (anexar comprovante)
Dados: Trabalhos digitados em espaço 1,5, fonte Times New Roman 12, sob pseudônimo, por email ou cd e uma via impressa.
Anexar: por email ou cd e uma via impressa.
1. Nome e pseudônimo 2. Título dos poemas
3. Endereço/e-mail/telefone 4. Biografia (5 linhas) e foto
(mencionar quem o convidou e como ficou sabendo do Concurso)
Destino: Para VIII CONCURSO LITERÁRIO virArte
edinaraleao@yahoo.com.br e
Rua Marquês do Herval, 279 – 97060 .430 Santa Maria-RS
Premiação: 1º lugar – Troféu, publicação e 3 livros
2º e 3º lugares – Troféu virArte
Troféu Primeiras Letras – até 11 anos.
Troféu Talento Jovem – até 18 anos.
Troféu Escrevinhador – Conferido pela Entidade.
Será editado livro em edição cooperativada. Premiados que não se fizerem presentes deverão arcar com as custas do envio de sua premiação.
Resultados: sairão em 20 de março de 2011
Contatos: (55) 3311 6879; 8124 3102; 9942 3598.
Nossos Endereços na net: http://virarte.freevar.com blog: http://movimentovirarte.blogspot.com
Comunidade: http://orkut.com.br/community.aspx?cmm=20383303
Seja Sócio virArte. A arte agradece!
Jóia: R$10,00 Anuidade: R$24,00 Descontos: 50% na inscrição 15% na publicação
Todo ano são lançados livros de sócios na série “Escrevinhador”.
Coordenadora geral: Edinara Leão
Fundação 21/10/2003
Registro 1088 de 27/10/2003 – CNPJ 05.988.883/0001-03
VIII CONCURSO LITERÁRIO virArte
Regulamento
Objetivo: Promover e divulgar a arte literária.
Participação: Aberta a poetas do Brasil e exterior, tema livre, e poemas de, no máximo, 28 linhas.
Inscrições: Até 20 de fevereiro de 2011, no valor de R$10,00 (p/3 poemas)
Estudantes: Isentos; Sócios: R$5,00
Depósitos: Banco do Brasil, ag. 0126-0, conta-poupança 40565-5, variação 1 (anexar comprovante)
Dados: Trabalhos digitados em espaço 1,5, fonte Times New Roman 12, sob pseudônimo, por email ou cd e uma via impressa.
Anexar: por email ou cd e uma via impressa.
1. Nome e pseudônimo 2. Título dos poemas
3. Endereço/e-mail/telefone 4. Biografia (5 linhas) e foto
(mencionar quem o convidou e como ficou sabendo do Concurso)
Destino: Para VIII CONCURSO LITERÁRIO virArte
edinaraleao@yahoo.com.br e
Rua Marquês do Herval, 279 – 97060 .430 Santa Maria-RS
Premiação: 1º lugar – Troféu, publicação e 3 livros
2º e 3º lugares – Troféu virArte
Troféu Primeiras Letras – até 11 anos.
Troféu Talento Jovem – até 18 anos.
Troféu Escrevinhador – Conferido pela Entidade.
Será editado livro em edição cooperativada. Premiados que não se fizerem presentes deverão arcar com as custas do envio de sua premiação.
Resultados: sairão em 20 de março de 2011
Contatos: (55) 3311 6879; 8124 3102; 9942 3598.
Nossos Endereços na net: http://virarte.freevar.com blog: http://movimentovirarte.blogspot.com
Comunidade: http://orkut.com.br/community.aspx?cmm=20383303
Seja Sócio virArte. A arte agradece!
Jóia: R$10,00 Anuidade: R$24,00 Descontos: 50% na inscrição 15% na publicação
Todo ano são lançados livros de sócios na série “Escrevinhador”.
Coordenadora geral: Edinara Leão
AGENDA 2011
Movimento virArte
Fundação: 21/10/2003
Reg. 1088 de 27/10/2003
CNPJ 05.988.883/0001-03
Agenda
virArte
2011
Coordenadoras:
Amélia Morcelli – Edinara Leão
Iolanda Beltrame – Marfiza Romero Moreira
Viviane Marconato – Solange Battirola
Colaboradores:
Berenice Dutra – Brasília Figueira
Camarguinho – Chico Sosa
Vyrena – Wilson Guanais
dias de sol me esquecem
flores guardadas nos livros
permanecem
Lúcia Santos
O frio é um açoite.
Sem teto, sempre discreto
vira bicho à noite.
Olga Amorim
Gato aquece sonhos
perto do fogão de lenha
– um verão no inverno...
Clevane Pessoa
Foi superciente
quem inventou a ilusão
que segura a gente.
João Justiniano da Fonseca
Uma ave menina
balança o corpo e não cansa
no eco de um cais
Edinara Leão
O sol nasce opaco
O vento corre gritante
Dia invernal.
Priscila Finger do Prado
Participe da Agenda Literária virArte!
• Estilo livro - 160 pág. – 14X21
• Capa colorida/plastificada
• Ficha catalográfica
• Algumas páginas coloridas
Envie um haicai, quadra ou poemas curtos até 8 versos com tema livre,
até 30/09/09.
Mande ilustrações, se desejar.
Também serão aceitos 12 sonetos.
Critério: chegada.
(Mencionar quem o convidou)
para
virarteslg@gmail.com preferencialmente
ou para o endereço de quem o convidou em CD.
Investimento:
Poema: R$ 60,00+envio (pagam. até 05/10/2010)
Mais trabalhos, aceita-se parcelamento.
• Recebe 3 agendas por texto colocado.
• Estudantes R$ 20,00 (recebe 1 agenda)
• Obra arte/sonetos pág color: 100, (5 ag)
• Pensamento: R$ 10,00. (2 pens – 1 agenda)
Seja sócio virArte e participe das decisões e empreendimentos do grupo!
A arte agradece!
Jóia: R$ 10,00 Anuidade: R$ 24,00
(recebe carteirinha)
Site: http://br.geocities.com/vir_arte/
Blog: http://movimentovirarte.blogspot.com/
Com:http:/www.orkut.com/Community.aspx?cmm=20383303
Convidado por: ........................
Dúvidas: virarteslg@gmail.com
Fundação: 21/10/2003
Reg. 1088 de 27/10/2003
CNPJ 05.988.883/0001-03
Agenda
virArte
2011
Coordenadoras:
Amélia Morcelli – Edinara Leão
Iolanda Beltrame – Marfiza Romero Moreira
Viviane Marconato – Solange Battirola
Colaboradores:
Berenice Dutra – Brasília Figueira
Camarguinho – Chico Sosa
Vyrena – Wilson Guanais
dias de sol me esquecem
flores guardadas nos livros
permanecem
Lúcia Santos
O frio é um açoite.
Sem teto, sempre discreto
vira bicho à noite.
Olga Amorim
Gato aquece sonhos
perto do fogão de lenha
– um verão no inverno...
Clevane Pessoa
Foi superciente
quem inventou a ilusão
que segura a gente.
João Justiniano da Fonseca
Uma ave menina
balança o corpo e não cansa
no eco de um cais
Edinara Leão
O sol nasce opaco
O vento corre gritante
Dia invernal.
Priscila Finger do Prado
Participe da Agenda Literária virArte!
• Estilo livro - 160 pág. – 14X21
• Capa colorida/plastificada
• Ficha catalográfica
• Algumas páginas coloridas
Envie um haicai, quadra ou poemas curtos até 8 versos com tema livre,
até 30/09/09.
Mande ilustrações, se desejar.
Também serão aceitos 12 sonetos.
Critério: chegada.
(Mencionar quem o convidou)
para
virarteslg@gmail.com preferencialmente
ou para o endereço de quem o convidou em CD.
Investimento:
Poema: R$ 60,00+envio (pagam. até 05/10/2010)
Mais trabalhos, aceita-se parcelamento.
• Recebe 3 agendas por texto colocado.
• Estudantes R$ 20,00 (recebe 1 agenda)
• Obra arte/sonetos pág color: 100, (5 ag)
• Pensamento: R$ 10,00. (2 pens – 1 agenda)
Seja sócio virArte e participe das decisões e empreendimentos do grupo!
A arte agradece!
Jóia: R$ 10,00 Anuidade: R$ 24,00
(recebe carteirinha)
Site: http://br.geocities.com/vir_arte/
Blog: http://movimentovirarte.blogspot.com/
Com:http:/www.orkut.com/Community.aspx?cmm=20383303
Convidado por: ........................
Dúvidas: virarteslg@gmail.com
redefinição
vencidos os últimos
estampidos de luz,
a noite
engole o dia
Edinara Leão
Santa Maria - RS
( Agenda virArte, 2010 )
estampidos de luz,
a noite
engole o dia
Edinara Leão
Santa Maria - RS
( Agenda virArte, 2010 )
Beijos
duas bocas loucas
duas bocas roucas
duas bocas poucas.
Mário Annuza
Rio de Janeiro - RJ
( Agenda virArte, 2010 )
duas bocas roucas
duas bocas poucas.
Mário Annuza
Rio de Janeiro - RJ
( Agenda virArte, 2010 )
Sombra
O que faria dos dias
sem ter a sombra sua,
para me refletir e acordar
esse amor que
cresce em mim?
Viviane Marconato
Santa Maria - RS
( Agenda virArte, 2010 )
sem ter a sombra sua,
para me refletir e acordar
esse amor que
cresce em mim?
Viviane Marconato
Santa Maria - RS
( Agenda virArte, 2010 )
Hoje
Na carícia o vazio,
no anseio a certeza,
no passado o estio,
no futuro... Quem sabe?
É verão e faz frio!
Alda Paulina S. B. Borges
Porto Alegre - RS
( Agenda virArte, 2010 )
no anseio a certeza,
no passado o estio,
no futuro... Quem sabe?
É verão e faz frio!
Alda Paulina S. B. Borges
Porto Alegre - RS
( Agenda virArte, 2010 )
O coreto
Pássaros na feira
confundem velho coreto
com um co-côreto!
José Alves Camargo
Santa Maria - RS
( Agenda virArte, 2010 )
confundem velho coreto
com um co-côreto!
José Alves Camargo
Santa Maria - RS
( Agenda virArte, 2010 )
Mendigo
não tenho casa:
eu moro dentro
de mim mesmo.
Mário Annuza
Rio de Janeiro - Rj
( Agenda virArte, 2010 )
eu moro dentro
de mim mesmo.
Mário Annuza
Rio de Janeiro - Rj
( Agenda virArte, 2010
Lirismo
Ando assim sendo
Desenhos inacabados
Magias em tardes amarelinhas
Pedaços de elegia
Frescor das manhãs
Tardes acinzentadas (mas só para alguns)
Absoluta redenção
A unidade das estrelas
Sonhos...e um pesadelo
O colorido da fantasia
O pão e o queijo também.
O giro da canção
O vazio da solidão
As gotas de chuva
A crença contida
Um poema inatingível.
Amne Pergola
(Atibaia - SP)
Antologia virArte : Murmúrios, 2009
Blog da Poeta: Colcha de retalhos
.
Desenhos inacabados
Magias em tardes amarelinhas
Pedaços de elegia
Frescor das manhãs
Tardes acinzentadas (mas só para alguns)
Absoluta redenção
A unidade das estrelas
Sonhos...e um pesadelo
O colorido da fantasia
O pão e o queijo também.
O giro da canção
O vazio da solidão
As gotas de chuva
A crença contida
Um poema inatingível.
Amne Pergola
(Atibaia - SP)
Antologia virArte : Murmúrios, 2009
Blog da Poeta: Colcha de retalhos
.
reencontro
Ela chorou.
Por ter a oportunidade,
De conhecer.
Um velho amigo
Do seu velho.
O amigo chorou.
Com a emoção,
De voltar à vê-los.
Ele chorou.
Por ter a felicidade.
De reencontrar,
Seu grande amigo.
Enfim os três choraram.
Porque naquele momento
Só as lágrimas,
Diriam tudo.
Sim tudo,
Que as palavras,
Trancadas na garganta,
Não conseguiram,
Expressar.
Vilmar Medeiros
leia mais aqui: Blog
.
Por ter a oportunidade,
De conhecer.
Um velho amigo
Do seu velho.
O amigo chorou.
Com a emoção,
De voltar à vê-los.
Ele chorou.
Por ter a felicidade.
De reencontrar,
Seu grande amigo.
Enfim os três choraram.
Porque naquele momento
Só as lágrimas,
Diriam tudo.
Sim tudo,
Que as palavras,
Trancadas na garganta,
Não conseguiram,
Expressar.
Vilmar Medeiros
leia mais aqui: Blog
.
Marinha
Maré alta
Gosto de vida
Tempo de amor
Aroma de sal
Sol ardente
Corpos na areia
Teus dedos
De seda
Deslizam em mim.
Iolanda Beltrame
Santa Maria - RS
( Agenda virArte, 2009 )
"Homenagem de honra 2009"
O agradecimento do virArte por ser a pessoa que deu o maior apoio para a criação do movimento em Santa Maria.
Gosto de vida
Tempo de amor
Aroma de sal
Sol ardente
Corpos na areia
Teus dedos
De seda
Deslizam em mim.
Iolanda Beltrame
Santa Maria - RS
( Agenda virArte, 2009 )
"Homenagem de honra 2009"
O agradecimento do virArte por ser a pessoa que deu o maior apoio para a criação do movimento em Santa Maria.
Mordaças
Acabrunhados por dores alheias
Mal conseguimos
Liberar novas fantasias.
Mergulhados no lodaçal da vida
Absorvemos o subproduto da beleza.
Mataram a poesia?
Não!
Sufocaram o sonho
Amordaçando o poeta.
Marfiza Romero Moreira
São Luiz Gonzaga - RS
( Agenda virArte, 2009 )
"Homenagem de honra 2009"
O agradecimento do virArte por ser a primeira pessoa a acreditar na proposta, ainda embrionária, e trabalhar firme para que chegasse forte ao quinto aniversário.
Mal conseguimos
Liberar novas fantasias.
Mergulhados no lodaçal da vida
Absorvemos o subproduto da beleza.
Mataram a poesia?
Não!
Sufocaram o sonho
Amordaçando o poeta.
Marfiza Romero Moreira
São Luiz Gonzaga - RS
( Agenda virArte, 2009 )
"Homenagem de honra 2009"
O agradecimento do virArte por ser a primeira pessoa a acreditar na proposta, ainda embrionária, e trabalhar firme para que chegasse forte ao quinto aniversário.
Vita-morte
A vida
Me imita
Eu a imito
Me demito
me invirto
Erro-rito
Ritmo
Mentimos um ao outro
Brincamos de "se esconder"
Por fim ela me mata...
E eu canso
De brincar.
Camarguinho
Santa Maria - RS
( Agenda virArte, 2009 )
Me imita
Eu a imito
Me demito
me invirto
Erro-rito
Ritmo
Mentimos um ao outro
Brincamos de "se esconder"
Por fim ela me mata...
E eu canso
De brincar.
Camarguinho
Santa Maria - RS
( Agenda virArte, 2009 )
Tinta viva
Me encontro nas palavras
que tingem os tecidos.
Agora retalhos.
Antes, peças inteiras
nos teus dias,
e eu também.
Em instantes formamos
um só,
mesmo recortados
estendidos e desbotados,
nos completamos,
no varal que cada um tem.
Sheila Marinho
Santa Maria - RS
( Agenda virArte, 2009 )
que tingem os tecidos.
Agora retalhos.
Antes, peças inteiras
nos teus dias,
e eu também.
Em instantes formamos
um só,
mesmo recortados
estendidos e desbotados,
nos completamos,
no varal que cada um tem.
Sheila Marinho
Santa Maria - RS
( Agenda virArte, 2009 )
Muro
Do outro lado do muro
Pode ser alegria
Com crianças
A brincar
Do outro lado do muro
Muitas coisas
Lá terá
Do outro lado do muro
nos espera
O descanso de quem
Nunca mais
Voltará
Amélia Morcelli
Santa Maria - RS
( Agenda virArte, 2009 )
Pode ser alegria
Com crianças
A brincar
Do outro lado do muro
Muitas coisas
Lá terá
Do outro lado do muro
nos espera
O descanso de quem
Nunca mais
Voltará
Amélia Morcelli
Santa Maria - RS
( Agenda virArte, 2009 )
Afeto estelar
Guardo
semente
afeto
estelar
Fases da vida
em flores e frutos
Tudo que és
Infinito
escrito
no céu
do teu nome
Roselaine Funari Tonial
Porto Alegre - RS
( Agenda virArte, 2009 )
semente
afeto
estelar
Fases da vida
em flores e frutos
Tudo que és
Infinito
escrito
no céu
do teu nome
Roselaine Funari Tonial
Porto Alegre - RS
( Agenda virArte, 2009 )
Spirit móbili
Que droga! Meu caro
Holister. Vivemos entre
A angústia e o prazer
E o equilíbrio é muito
Santo para envenenar de
Sabor alguma coisa.
Geovani Rios
São Luiz Gonzaga - RS
( Agenda virArte, 2009 )
Holister. Vivemos entre
A angústia e o prazer
E o equilíbrio é muito
Santo para envenenar de
Sabor alguma coisa.
Geovani Rios
São Luiz Gonzaga - RS
( Agenda virArte, 2009 )
Poeminha Profano
Causa-me arrepios
Pensar através do tempo
Solitário diante da lua.
Penso mergulhar na noite
E sugar as intempéries
Do teu pleno e suculento rio.
Luiz Carlos da Rosa
Santa Maria - RS
( Agenda virArte, 2009 )
Pensar através do tempo
Solitário diante da lua.
Penso mergulhar na noite
E sugar as intempéries
Do teu pleno e suculento rio.
Luiz Carlos da Rosa
Santa Maria - RS
( Agenda virArte, 2009 )
Nariz
Se os furos fossem pra cima
Bem! Seria um chafariz
Mas como eles são pra baixo
Só pode ser um nariz
Alcione Sortica
Porto Alegre - RS
( Agenda virArte, 2009 )
Bem! Seria um chafariz
Mas como eles são pra baixo
Só pode ser um nariz
Alcione Sortica
Porto Alegre - RS
( Agenda virArte, 2009 )
Distração
tecendo abrigos
no tempo
em árida terra,
esqueci-me
da
passagem
Edinara Leão
Santa Maria - RS
( Agenda virArte, 2009 )
no tempo
em árida terra,
esqueci-me
da
passagem
Edinara Leão
Santa Maria - RS
( Agenda virArte, 2009 )
Fragmentos
me sinto como uma rosa
a cada pétala caída
um fragmento de alma
Mirela Leão Freire
Santa Maria - RS
( Agenda virArte, 2009 )
a cada pétala caída
um fragmento de alma
Mirela Leão Freire
Santa Maria - RS
( Agenda virArte, 2009 )
Efeito
há Musa
por isso
tudo está
como se fosse
amanhecer
é quando
inadiável
abre-se
o terceiro olho
do poeta
: o poema.
Wilson Guanais
São Paulo - SP
( Agenda virArte, 2009 )
por isso
tudo está
como se fosse
amanhecer
é quando
inadiável
abre-se
o terceiro olho
do poeta
: o poema.
Wilson Guanais
São Paulo - SP
( Agenda virArte, 2009 )
Revivendo
Nas velhas páginas fatigadas
Do livro do tempo
Uma pátina azulada
Refaz o seu alento
Desenruga a textura
Destece a trama
Desfaz a urdidura
Verticaliza
E sinaliza
Que adiante
A vida pulula
Cosme custódio da Silva
Salvador - BA
( Agenda virArte, 2009 )
Do livro do tempo
Uma pátina azulada
Refaz o seu alento
Desenruga a textura
Destece a trama
Desfaz a urdidura
Verticaliza
E sinaliza
Que adiante
A vida pulula
Cosme custódio da Silva
Salvador - BA
( Agenda virArte, 2009 )
Ensaio
Esculpir o tempo
Num mesmo plano
Começar no fim
Ensaiar no começo
No contar da história
A imagem e a ação
As pessoas se apropriam
De uma única direção!
Lú Gonçalves
Araucária - PR
( Agenda virArte, 2009 )
Num mesmo plano
Começar no fim
Ensaiar no começo
No contar da história
A imagem e a ação
As pessoas se apropriam
De uma única direção!
Lú Gonçalves
Araucária - PR
( Agenda virArte, 2009 )
Pam Orbacam

Luz
O cheiro e a umidade deixaram saudades.
O cheiro e a umidade agora se foram
E o rosa tão rosa das rosas agora é pálido
Como um anêmico crônico na ânsia por sangue fresco e quente,
Embora as borboletas nadem com sincronicidade no ar,
Embora as estrelas continuem a iluminar o céu,
Mesmo que mortas, mesmo que mortas.
Pam Orbacam é o pseudônimo de Paula Miasato, que nasceu em Santo André, São Paulo, em 1970. Formada em Pedagogia, trabalha, atualmente, como assessora de coordenação e mediadora em oficinas culturais e artísticas de um projeto da Secretaria de Educação e Formação Profissional da Prefeitura de Santo André. É também escritora e artista plástica. Teve artigos publicados em sites literários e no site da Prefeitura de Santo André.
Mãos
Mãos que atendem o corpo
Para lavar, para vestir...
Mãos que fazem gestos
Para reforçar a comunicação.
Mãos que transmitem carinhos
No ato de cumprimentar.
Mãos que se abrem
Na hora de doar.
Mãos que se fecham
Quando não sabem amar.
Mãos que se distanciam
Na hora de trabalhar.
Mãos que se aproximam
Para postas rezar.
Iva da Silva
São Francisco de Paula - RS
( do livro: Um Pouco de Vida em Cada Poesia, 1980 )
Poema publicado no blog da escritora: aqui
Para lavar, para vestir...
Mãos que fazem gestos
Para reforçar a comunicação.
Mãos que transmitem carinhos
No ato de cumprimentar.
Mãos que se abrem
Na hora de doar.
Mãos que se fecham
Quando não sabem amar.
Mãos que se distanciam
Na hora de trabalhar.
Mãos que se aproximam
Para postas rezar.
Iva da Silva
São Francisco de Paula - RS
( do livro: Um Pouco de Vida em Cada Poesia, 1980 )
Poema publicado no blog da escritora: aqui
Resumo do blog
Poemas & Biografias:
Iva da Silva
Edinara Leão
Hernany Tafuri
João Weber Griebeler
Rita Velosa
Wilson Guanais
Varal Virtual:
Euza Noronha
Juan Pomponio
Míriam Monteiro
Wilson Guanais
Edinara Leão
Eliane Alcântara
Valéria Tarelho
Ademir Bacca
Clauky Saba
Eiichi
Zingarah
Márcia Maia
Alice Ruiz
Ulisses Tavares
Dora Vilela
Rita Velosa
Douglas D
Assis Freitas
Viviane Marconato
Fernanda Passos
Agendas virArte:
2006 (capa e alguns poemas)
2007 (capa e alguns poemas)
2008 (capa e alguns poemas)
Iva da Silva
Edinara Leão
Hernany Tafuri
João Weber Griebeler
Rita Velosa
Wilson Guanais
Varal Virtual:
Euza Noronha
Juan Pomponio
Míriam Monteiro
Wilson Guanais
Edinara Leão
Eliane Alcântara
Valéria Tarelho
Ademir Bacca
Clauky Saba
Eiichi
Zingarah
Márcia Maia
Alice Ruiz
Ulisses Tavares
Dora Vilela
Rita Velosa
Douglas D
Assis Freitas
Viviane Marconato
Fernanda Passos
Agendas virArte:
2006 (capa e alguns poemas)
2007 (capa e alguns poemas)
2008 (capa e alguns poemas)
Enquanto a cidade dorme
Enquanto a cidade dorme
rememoro
enxovalhados pensamentos
olho o asfalto e as luzes,
mas não vejo nada
tudo o que vejo é nada
um coletivo
duas ou três pessoas
um cachorro,
idas e voltas
a cidade dorme
e não posso adormecer também
Edinara Leão
Santa Maria - RS
( Antologia virArte Aldeia, 2007 )
Blog: Edinara Leão
rememoro
enxovalhados pensamentos
olho o asfalto e as luzes,
mas não vejo nada
tudo o que vejo é nada
um coletivo
duas ou três pessoas
um cachorro,
idas e voltas
a cidade dorme
e não posso adormecer também
Edinara Leão
Santa Maria - RS
( Antologia virArte Aldeia, 2007 )
Blog: Edinara Leão
Azul como o mar
Não te ofereço riquezas
Porque não as tenho.
Não te ofereço esperanças
Porque não as fabrico.
Não te ofereço ouro,
Nem pérolas
Porque ofuscam meus olhos.
Ofereço-te o céu de Brasília,
Azul como o mar.
Ofereço-te a beleza sutil
De nosso cerrado
E seus mananciais.
Ofereço-te as flores do Ipê
Que o vento de maio
Lança sobre a relva.
Ofereço-te a terra sagrada
Que piso e o fogo que
Aquece os alimentos.
Colhe-os!
Colhe-os em teu Ser,
Dádivas são.
Ray Lucena Strehler
Brasília - DF
( Antologia virArte Aldeia, 2007 )
Porque não as tenho.
Não te ofereço esperanças
Porque não as fabrico.
Não te ofereço ouro,
Nem pérolas
Porque ofuscam meus olhos.
Ofereço-te o céu de Brasília,
Azul como o mar.
Ofereço-te a beleza sutil
De nosso cerrado
E seus mananciais.
Ofereço-te as flores do Ipê
Que o vento de maio
Lança sobre a relva.
Ofereço-te a terra sagrada
Que piso e o fogo que
Aquece os alimentos.
Colhe-os!
Colhe-os em teu Ser,
Dádivas são.
Ray Lucena Strehler
Brasília - DF
( Antologia virArte Aldeia, 2007 )
Aldeia
Diante de mim não há apenas o tempo
Das memórias em que vez por outra tropeço,
Há também o espaço do vento
Que sacode os galhos secos
E os pendões que plantei na infância.
Quando a vista não mais alcança
As infindas léguas percorridas
Tantas e muitas e sempre esquecidas,
Quando não se divisa mais nada,
Nem coisas nem vultos nem passarelas,
É a infância que convida
Ir à uma cidadela
De ruas miúdas e sem calçadas
E de uma antiga Estação Velha.
De fato ali nada se desfaz:
O mudo, o tagarela, o pacóvio, o sábio, a bela, a feia,
Tudo ali se satisfaz.
Ali tenho a minha pacata e serena aldeia.
Só às vezes ouço com amargor o trem de ferro
E o apito afundando nas águas do Rio Doce,
Mas até nisso o incômodo é como se fosse
A certeza intacta de um espaço eterno,
Pois ali tenho meu trem de ferro.
Se ainda adiante o espaço me aprisiona
Se ainda adiante o tempo peleia
Se ainda adiante o tempo me escraviza
Ainda adiante tenho minha Aldeia
E ela me liberta e me eterniza.
Roberto Moura de Souza
Uruguaiana - RS
( Antologia virArte Aldeia, 2007 )
Das memórias em que vez por outra tropeço,
Há também o espaço do vento
Que sacode os galhos secos
E os pendões que plantei na infância.
Quando a vista não mais alcança
As infindas léguas percorridas
Tantas e muitas e sempre esquecidas,
Quando não se divisa mais nada,
Nem coisas nem vultos nem passarelas,
É a infância que convida
Ir à uma cidadela
De ruas miúdas e sem calçadas
E de uma antiga Estação Velha.
De fato ali nada se desfaz:
O mudo, o tagarela, o pacóvio, o sábio, a bela, a feia,
Tudo ali se satisfaz.
Ali tenho a minha pacata e serena aldeia.
Só às vezes ouço com amargor o trem de ferro
E o apito afundando nas águas do Rio Doce,
Mas até nisso o incômodo é como se fosse
A certeza intacta de um espaço eterno,
Pois ali tenho meu trem de ferro.
Se ainda adiante o espaço me aprisiona
Se ainda adiante o tempo peleia
Se ainda adiante o tempo me escraviza
Ainda adiante tenho minha Aldeia
E ela me liberta e me eterniza.
Roberto Moura de Souza
Uruguaiana - RS
( Antologia virArte Aldeia, 2007 )
Ave Fantasma (1)
Pouso em barrentas águas
banho meu corpo alado,
tirando fuligem das fábricas
minhas penas purificando.
Correnteza antes cristalina
vai levando minha saudade
espraiando pela campina
esta melancolia na tarde.
No brilho do luar formoso,
mãe-lua vem despertar
meu canto outrora formoso.
Agora lamento a murmurar
vento morno, quieto, preso
no âmago deste penar!
João Weber Griebeler
Roque Gonzales - RS
( Antologia virArte Aldeia, 2007 )
(1) Nome do urutau em tupi-guarani, pássaro noturno, de
canto melancólico.
banho meu corpo alado,
tirando fuligem das fábricas
minhas penas purificando.
Correnteza antes cristalina
vai levando minha saudade
espraiando pela campina
esta melancolia na tarde.
No brilho do luar formoso,
mãe-lua vem despertar
meu canto outrora formoso.
Agora lamento a murmurar
vento morno, quieto, preso
no âmago deste penar!
João Weber Griebeler
Roque Gonzales - RS
( Antologia virArte Aldeia, 2007 )
(1) Nome do urutau em tupi-guarani, pássaro noturno, de
canto melancólico.
Vento Andejo
Pelos pagos das missões
Campeiam
Ventos audazes
Alardeando vitórias
De um tempo
De muitas glórias
Sendo alento de esperança
Nos desencontros da vida
Alimentando
Paixões, cantos e tradições
Nas coxilhas e canhadas
Produz
Som esquisito
Fomentando mitos
Crenças supertições
Formando
Corpos, mentes, civilizações
Brasília Figueira
São Luiz Gonzaga - RS
( Antologia virArte Aldeia, 2007 )
Campeiam
Ventos audazes
Alardeando vitórias
De um tempo
De muitas glórias
Sendo alento de esperança
Nos desencontros da vida
Alimentando
Paixões, cantos e tradições
Nas coxilhas e canhadas
Produz
Som esquisito
Fomentando mitos
Crenças supertições
Formando
Corpos, mentes, civilizações
Brasília Figueira
São Luiz Gonzaga - RS
( Antologia virArte Aldeia, 2007 )
Vida seca
Singrei-te campos da querência,
que não lhes embebiam por usura
Varri-te as ilhas da consciência,
delas não sacadas as almas puras
Uma vida seca, tudo por vivência,
tudo nada além de toda provação,
que a esturricada terra a demência
fez de acontecer-me por privação
E, vida seca, transitando pela dor,
vinhas da ira a lambiscarem língua,
tantos vi, vida seca, no afã do indolor,
atestados, neles ruboriza uma íngua
E veio, vida seca, todo o desmando,
pelos analfabetos, à mercê de letrados,
céu a margeá-los, ficarem sem mando
do demônio aceitando grácil estrado
Enderecemos, vida seca, uma oração
às almas perdidas ignorantes a Deus,
que Deus teriam elas por sua salvação
se ataviados, vida seca, os rumos teus
Se na lida dura aprisionas meu filho,
vida seca, ofendo-te se és amargura?
Ah, ao caminheiro não obras o trilho,
para depois eleger-lhe a tua sepultura?
Fernando Catelan
Mogi das Cruzes - SP
(Antologia virArte Aldeia, 2007 )
Site : Fernando Catelan
que não lhes embebiam por usura
Varri-te as ilhas da consciência,
delas não sacadas as almas puras
Uma vida seca, tudo por vivência,
tudo nada além de toda provação,
que a esturricada terra a demência
fez de acontecer-me por privação
E, vida seca, transitando pela dor,
vinhas da ira a lambiscarem língua,
tantos vi, vida seca, no afã do indolor,
atestados, neles ruboriza uma íngua
E veio, vida seca, todo o desmando,
pelos analfabetos, à mercê de letrados,
céu a margeá-los, ficarem sem mando
do demônio aceitando grácil estrado
Enderecemos, vida seca, uma oração
às almas perdidas ignorantes a Deus,
que Deus teriam elas por sua salvação
se ataviados, vida seca, os rumos teus
Se na lida dura aprisionas meu filho,
vida seca, ofendo-te se és amargura?
Ah, ao caminheiro não obras o trilho,
para depois eleger-lhe a tua sepultura?
Fernando Catelan
Mogi das Cruzes - SP
(Antologia virArte Aldeia, 2007 )
Site : Fernando Catelan
Reencontros
Num tempo, num paraíso,
Dois seres se encontraram,
Seus olhares confrontam
Relicário comungado!
E seus corpos afagados,
Eternizam o momento
Perpassando o pensamento,
Que foram um só no passado.
Elenir Vieira Herter
Caibaté - RS
( Agenda virArte, 2006 )
Dois seres se encontraram,
Seus olhares confrontam
Relicário comungado!
E seus corpos afagados,
Eternizam o momento
Perpassando o pensamento,
Que foram um só no passado.
Elenir Vieira Herter
Caibaté - RS
( Agenda virArte, 2006 )
Setembro está chegando...
Um sonho doce as asas abre, voa
e põe o paraíso logo ali.
Manhã de sol. A vida exibe a proa
com seu velame pando em frenesi.
Vou navegar ao léu... - Que coisa boa!
Hoje a esperança sei que me sorri.
Minha caneta, inquieta, não distoa,
mas quer roubar a luz só para si.
Uma andorinha azul (eu sei que as há)
por conta e risco, quer um alvará,
para mandar bem longe invernos frios.
Há verdes no jardim antes deserto...
O amor e primavera estão por perto
e não suportam corações vazios.
Miguel Russowsky
Joaçaba - SC
( Antologia virArte Voragem, 2007 )
e põe o paraíso logo ali.
Manhã de sol. A vida exibe a proa
com seu velame pando em frenesi.
Vou navegar ao léu... - Que coisa boa!
Hoje a esperança sei que me sorri.
Minha caneta, inquieta, não distoa,
mas quer roubar a luz só para si.
Uma andorinha azul (eu sei que as há)
por conta e risco, quer um alvará,
para mandar bem longe invernos frios.
Há verdes no jardim antes deserto...
O amor e primavera estão por perto
e não suportam corações vazios.
Miguel Russowsky
Joaçaba - SC
( Antologia virArte Voragem, 2007 )
Poema promessa
A promessa que eu fiz
Ficou na ponta da língua
Querendo sair
E ao final não saiu
E por isso não veio
O que estava na ponta
Desfez-se ao meio
O sol todo dia vem
Mas nem sempre é visto
Na hora apropriada
Ou no tempo previsto
Sem sol e sem luz
Não se vê quase nada
Nem toda a promessa
Faz a vida florir
Mas há sempre esperança
Na emoção de sorrir
Que um poema talvez
Nunca vai definir
Fortunato Oliveira
Santiago - RS
( Antologia virArte Voragem, 2007 )
Ficou na ponta da língua
Querendo sair
E ao final não saiu
E por isso não veio
O que estava na ponta
Desfez-se ao meio
O sol todo dia vem
Mas nem sempre é visto
Na hora apropriada
Ou no tempo previsto
Sem sol e sem luz
Não se vê quase nada
Nem toda a promessa
Faz a vida florir
Mas há sempre esperança
Na emoção de sorrir
Que um poema talvez
Nunca vai definir
Fortunato Oliveira
Santiago - RS
( Antologia virArte Voragem, 2007 )
Uni(versos)
" O poeta é um mentiroso que acaba
dizendo as mais belas coisas "
(Carlos Drummond Andrade)
O mo(vi)mento é amor à seiva,
domingo no cais
sol nos escombros
um quarto intacto
um minuto a menos.
Olhos vermelhos
na cinza da quarta
um fato avulso
uma barata na gaveta
um verso caótico,
uma moeda no bolso.
Como os pássaros acendem
a luz que apaga a noite
quero lua que me entorpeça
e sem ter pressa de voltar,
não me perca.
Larí Franceschetto
Veranópolis - RS
( Antologia virArte Voragem, 2007 )
dizendo as mais belas coisas "
(Carlos Drummond Andrade)
O mo(vi)mento é amor à seiva,
domingo no cais
sol nos escombros
um quarto intacto
um minuto a menos.
Olhos vermelhos
na cinza da quarta
um fato avulso
uma barata na gaveta
um verso caótico,
uma moeda no bolso.
Como os pássaros acendem
a luz que apaga a noite
quero lua que me entorpeça
e sem ter pressa de voltar,
não me perca.
Larí Franceschetto
Veranópolis - RS
( Antologia virArte Voragem, 2007 )
Rio & tempo
funéreo o penhasco
suja a água
sem o dom original,
desacompanhada do leito
já sem curso
mas as gentes sorriam e
falavam
olhando o estranho rio,
com dobras no curso
longe do leito
no escuro do rio
– as dores das gentes
escuras também
em seu parco viver.
Edinara Leão
Santa Maria - RS
Poema publicado no blog da escritora: aqui
suja a água
sem o dom original,
desacompanhada do leito
já sem curso
mas as gentes sorriam e
falavam
olhando o estranho rio,
com dobras no curso
longe do leito
no escuro do rio
– as dores das gentes
escuras também
em seu parco viver.
Edinara Leão
Santa Maria - RS
Poema publicado no blog da escritora: aqui
( De longe, vejo... )
De longe, vejo
teus olhos em meio
a neve
Logo sedas avermelhadas
soltam-se
como se fossem
plumas...
Caem, sangram
respingam na
menina o tempo
que não volta mais.
Viviane Marconato
Santa Maria - RS
Poema publicado no blog da escritora: aqui
teus olhos em meio
a neve
Logo sedas avermelhadas
soltam-se
como se fossem
plumas...
Caem, sangram
respingam na
menina o tempo
que não volta mais.
Viviane Marconato
Santa Maria - RS
Poema publicado no blog da escritora: aqui
Fogo fátuo
A noite
não me ilude mais
com sua lua
suas estrelas
e alguns dias
hoje
só me interessa
aquilo que
- suspenso entre
um brilho
e outro -
não
consigo enxergar
ainda.
Wilson Guanais
São Paulo - SP
( Antologia virArte Voragem, 2007 )
Blog Cemitério de navios
não me ilude mais
com sua lua
suas estrelas
e alguns dias
hoje
só me interessa
aquilo que
- suspenso entre
um brilho
e outro -
não
consigo enxergar
ainda.
Wilson Guanais
São Paulo - SP
( Antologia virArte Voragem, 2007 )
Blog Cemitério de navios
Tecendo a poesia
A poesia
Mescla fios
Da fantasia
E da realidade.
Entrelaça saudade
Da canção
Do sim e do não
A poesia trama sedução...
No tear da vida
A poesia
É urdideira
Tecendo com fios
Desfiados do coração.
Maria Rita Dutra Giacomelli
São Luiz Gonzaga - RS
( Antologia virArte Voragem, 2007 )
Mescla fios
Da fantasia
E da realidade.
Entrelaça saudade
Da canção
Do sim e do não
A poesia trama sedução...
No tear da vida
A poesia
É urdideira
Tecendo com fios
Desfiados do coração.
Maria Rita Dutra Giacomelli
São Luiz Gonzaga - RS
( Antologia virArte Voragem, 2007 )
Dúvida
Queria
poder
entender.
Saber
o porquê
da sensação
que vai...
que volta...
que fica
não sai;
que faz
do pensamento
tormento
fomento
de guerra
interior
entre dois
contendores
senhores
da forte
da fraca
indecisa
rasão.
Rita Bernadete Sampaio Velosa
Américo Brasiliense - SP
( Antologia virArte Voragem, 2007 )
Blog Cyber Ratoeira
poder
entender.
Saber
o porquê
da sensação
que vai...
que volta...
que fica
não sai;
que faz
do pensamento
tormento
fomento
de guerra
interior
entre dois
contendores
senhores
da forte
da fraca
indecisa
rasão.
Rita Bernadete Sampaio Velosa
Américo Brasiliense - SP
( Antologia virArte Voragem, 2007 )
Blog Cyber Ratoeira
Entre a cruz e a cicuta
Dois mundos
Dois pensamentos
Dois condenados
Nada escreveram
Muito deixaram
Mudaram o mundo
Dividiram a história
Ensinaram a crença
Pré e pós
Antes e depois
Um tomou cicuta
O outro morreu na cruz
Sócrates o filósofo
E o mestre Jesus
Cosme Custódio
Salvador - BA
( Antologia virArte Voragem, 2007 )
Dois pensamentos
Dois condenados
Nada escreveram
Muito deixaram
Mudaram o mundo
Dividiram a história
Ensinaram a crença
Pré e pós
Antes e depois
Um tomou cicuta
O outro morreu na cruz
Sócrates o filósofo
E o mestre Jesus
Cosme Custódio
Salvador - BA
( Antologia virArte Voragem, 2007 )
Nostalgia
Deus acende a lâmpada do sól.
Manhã-nubente despe-se do véu.
Um bando de carneiros fugitivos corre o céu...
Pássaros vibram sons de violinos.
Os anjos com os raios mais finos
De luz, costuram sentimentos.
Sinos embalados pela brisa do alvorecer
Revelam uma profunda nostalgia
Que quase ninguém consegue ver...
Lúcia Barcelos
Porto Alegre - RS
( Agenda virArte, 2007 )
Manhã-nubente despe-se do véu.
Um bando de carneiros fugitivos corre o céu...
Pássaros vibram sons de violinos.
Os anjos com os raios mais finos
De luz, costuram sentimentos.
Sinos embalados pela brisa do alvorecer
Revelam uma profunda nostalgia
Que quase ninguém consegue ver...
Lúcia Barcelos
Porto Alegre - RS
( Agenda virArte, 2007 )
Portas
Portas se abriram
A porta se abriu
Hesitei! Recuei!
Melhor ficar
aqui, misturando
palavras açucaradas
do poeta
com água da chuva
E... depois...
Bebe-las até o
último gole.
Viviane Marconato
Santa Maria - RS
( Agenda virArte, 2007 )
Blog Viviane Marconato
A porta se abriu
Hesitei! Recuei!
Melhor ficar
aqui, misturando
palavras açucaradas
do poeta
com água da chuva
E... depois...
Bebe-las até o
último gole.
Viviane Marconato
Santa Maria - RS
( Agenda virArte, 2007 )
Blog Viviane Marconato
Poeminha profano
Causa-me arrepios
Pensar através do tempo
Solitário diante da lua.
Penso mergulhar na noite
E sugar as intempéries
de teu pleno e suculento rio.
Luiz Carlos da Rosa
Santa Maria - RS
( Antologia virArte Corpus, 2006 )
Pensar através do tempo
Solitário diante da lua.
Penso mergulhar na noite
E sugar as intempéries
de teu pleno e suculento rio.
Luiz Carlos da Rosa
Santa Maria - RS
( Antologia virArte Corpus, 2006 )
S.O.S
A mata estremece
apavorada!
O coração da terra
grita
sofre
e sangra.
Incinerado.
Marfiza Romero Moreira
São Luiz Gonzaga - RS
( Agenda virArte, 2007 )
apavorada!
O coração da terra
grita
sofre
e sangra.
Incinerado.
Marfiza Romero Moreira
São Luiz Gonzaga - RS
( Agenda virArte, 2007 )
Instantes
Dois vultos se casam na sombra...
Ontem casais de namorados que não
sonharam ser eternamente namorados...
Transitam
Para onde vão?
Para o amor.
Que nunca o adeus
Lhes turve as vertentes dos sonhos.
Cleide Muniz Sanches
Curitiba - PR
( Agenda virArte, 2007 )
Ontem casais de namorados que não
sonharam ser eternamente namorados...
Transitam
Para onde vão?
Para o amor.
Que nunca o adeus
Lhes turve as vertentes dos sonhos.
Cleide Muniz Sanches
Curitiba - PR
( Agenda virArte, 2007 )
a escritora Edinara Leão

Novos (velhos) tempos
Nuvens em janeiro?
- não!
Névoas em janeiro?
- sim!
E nos mecânicos sonhos
dos novos,
o cosmo se renova,
é verão
e o sol aquece,
clareia,
só não dilui
a escuridão do coração,
não esvanece a dor
não faz nascer o amor
o amor
só sente a nostalgia
do paraíso
- in illo tempore -
e o desejo cru
de reintegrar-se
à criação
já não podendo...Ser!
Edinara Leão
in Quando sopram os trigais
Borck /virArte 2006 - Série Escrevinhador vol. I
Meus Sonhos
Há uma mulher
Que vagueia,
Como um fantasma,
Toda de branco,
Pelos porões de minh´alma.
Há uma mulher
Em formas de
Plumas algodoadas,
Que não pousa em meu leito.
Há uma mulher
Com um olhar triste,
Que povoa meus sonhos.
Há uma mulher
Que se põe distante,
Sob a luz âmbar,
Solitária no bar.
Esta mulher,
Como um fantasma,
Vai lentamente,
Com sua melancolia
Tragando a si mesmo.
O eu poeta,
Irresponsavelmente,
Vai contemplando-a e,
Indelicadamente
Descrevendo-a em versos.
Luiz Carlos Nascimento Da Rosa
Pirapó - RS
( Antologia virArte Limiar, 2006 )
Que vagueia,
Como um fantasma,
Toda de branco,
Pelos porões de minh´alma.
Há uma mulher
Em formas de
Plumas algodoadas,
Que não pousa em meu leito.
Há uma mulher
Com um olhar triste,
Que povoa meus sonhos.
Há uma mulher
Que se põe distante,
Sob a luz âmbar,
Solitária no bar.
Esta mulher,
Como um fantasma,
Vai lentamente,
Com sua melancolia
Tragando a si mesmo.
O eu poeta,
Irresponsavelmente,
Vai contemplando-a e,
Indelicadamente
Descrevendo-a em versos.
Luiz Carlos Nascimento Da Rosa
Pirapó - RS
( Antologia virArte Limiar, 2006 )

Edinara Leão
Borck /virArte 2006 - Série Escrevinhador vol. I
Edinara Leão escreveu Minhas Faces (1991) e (a)MOSTRAgem (2001). Tem participação em 70 coletâneas literárias. Foi escolhida a Escritora do ano em 2001, 2003 e 2004. É sócia honorária da CAPORI, recebeu em 2003 a Medalha Nelson Fachinelli de incentivo à cultura. Presidiu a Casa do Poeta de São Luiz Gonzaga em 2002 e 2003. É idealizadora e fundadora do Movimento virArte, que coordena desde 21/10/2003. Edinara vem se destacando como um dos novos nomes da literatura contemporânea.
***
(Mais) Sobre a autora
A verdadeira poesia mexe com o espírito e as paixões do leitor ou, como diz Edinara Leão, "a poesia venta e molha". Está aí uma imagem que não deixa dúvidas: estamos diante de uma poeta.
Para os leitores de poesia que estão fartos do lirismo experimental, conceitual, impessoal, que grassa por esses pagos, é um alento ler os versos de Quando sopram os trigais, nos quais se reconhece, de pronto, a viva voz de uma pessoa, ou melhor , de uma mulher, a se revelar inteira, ainda que escondida ou disfarçada atrás da persona do sujeito lírico.
E o que essa mulher tem a nos dizer? Ora, ela simplesmente põe a nu todas as nossas angústias, incertezas, fracassos, e tudo o mais que as palavras não cobrem - sejamos homens ou mulheres. Por isso mesmo, não recomendo a leitura desse livro a menores de idade ou de inteligência.
Paulo Becker
Escritor
Transcendental
Sou assim puro
azul-anil
céu de mim
Em mim vem
nuvens assim
cinzas de ti
azul de mim
Não minto cores
dores não sinto
amores, em mim
reluz o
fim.
Marisa Cardoso
Florianópolis - SC
( Agenda virArte, 2007 )
azul-anil
céu de mim
Em mim vem
nuvens assim
cinzas de ti
azul de mim
Não minto cores
dores não sinto
amores, em mim
reluz o
fim.
Marisa Cardoso
Florianópolis - SC
( Agenda virArte, 2007 )
Efígie II
Liberto-me
no que a noite tem
de claro
Liberto-me
no que a lavra tem
de eterno
Liberto-me
no que o sono tem
de sonho
Liberto-me
no que o mistério tem
de insano.
Larí Franceschetto
Veranópolis - RS
( Agenda virArte, 2007 )
no que a noite tem
de claro
Liberto-me
no que a lavra tem
de eterno
Liberto-me
no que o sono tem
de sonho
Liberto-me
no que o mistério tem
de insano.
Larí Franceschetto
Veranópolis - RS
( Agenda virArte, 2007 )
Momento II
A escada. A porta.
Ninguém baterá.
Pouca palavra.
Os olhos sangram ausências.
As mãos entabulam o querer.
Caminhos aflitos do corpo.
Livros na mesa. Rendição.
Fuga do tempo.
Ele quis demais.
Ela quis demais.
( mas havia o mundo
lá fora )
Edinara Leão
Santa Maria - RS
( Agenda virArte, 2007 )
Edinara é coordenadora geral do virArte.
Blog : Edinara Leão
Ninguém baterá.
Pouca palavra.
Os olhos sangram ausências.
As mãos entabulam o querer.
Caminhos aflitos do corpo.
Livros na mesa. Rendição.
Fuga do tempo.
Ele quis demais.
Ela quis demais.
( mas havia o mundo
lá fora )
Edinara Leão
Santa Maria - RS
( Agenda virArte, 2007 )
Edinara é coordenadora geral do virArte.
Blog : Edinara Leão
Once again
Na meia-noite adiantada
Reinventada a cada ano
Quase sempre a mesma cena
Velhos gatos moleques
Observam dos telhados
O ano que um dia foi verde
Azul vermelho dourado,
Mesclando sometimes de cinza,
Parar definitivo no número 365
Recolher estrelas caídas no chão
E redistribuir uma a uma
Novas senhas pintadas de branco
Dentro da noite de festa
Que o amanhã chega e finda
Maria Regina Caetano Soares
Santa Maria - RS
( Agenda virArte, 2007 )
Reinventada a cada ano
Quase sempre a mesma cena
Velhos gatos moleques
Observam dos telhados
O ano que um dia foi verde
Azul vermelho dourado,
Mesclando sometimes de cinza,
Parar definitivo no número 365
Recolher estrelas caídas no chão
E redistribuir uma a uma
Novas senhas pintadas de branco
Dentro da noite de festa
Que o amanhã chega e finda
Maria Regina Caetano Soares
Santa Maria - RS
( Agenda virArte, 2007 )
Amanheceres
Com personalidade
sem servilismo,
desponta
mais um dia.
Que teimamos
em batizar,
numerar
enquadar.
Por quê
não
vive-lo,
apenas?...
João Weber Griebeler
Roque Gonzales - RS
( Agenda virArte, 2007 )
blog : urutau
sem servilismo,
desponta
mais um dia.
Que teimamos
em batizar,
numerar
enquadar.
Por quê
não
vive-lo,
apenas?...
João Weber Griebeler
Roque Gonzales - RS
( Agenda virArte, 2007 )
blog : urutau
Preocupação
Drummond morreu,
Borges se foi.
Neruda é morto
e eu não me
sinto
lá muito bem.
Mas todos passaram
dos oitenta
e tiveram
muita saudade
da infância.
Mário Simon
Santo Ângelo - RS
( Agenda virArte, 2007 )
Borges se foi.
Neruda é morto
e eu não me
sinto
lá muito bem.
Mas todos passaram
dos oitenta
e tiveram
muita saudade
da infância.
Mário Simon
Santo Ângelo - RS
( Agenda virArte, 2007 )
Tiro Cego
Olhos
De olhares
Olhados
Olharam
O homem
Parar
E disparar
Para o ar
A bala
Perdida
Perfurou a escuridão
Matando a claridade.
Cosme Custódio
Salvador - BA
( Agenda virArte, 2007 )
De olhares
Olhados
Olharam
O homem
Parar
E disparar
Para o ar
A bala
Perdida
Perfurou a escuridão
Matando a claridade.
Cosme Custódio
Salvador - BA
( Agenda virArte, 2007 )
A poesia que eu não sei
A poesia que eu não sei escrever,
É essa com palavras sofisticadas,
Fala uma coisa, se entende outra,
A mensagem, nem sempre, é decifrada.
A poesia que eu não sei escrever,
Tem pouca rima, geralmente,
Versos e estrofes se sucedem,
Mas não encaixam devidamente.
A poesia que eu não sei escrever,
É difícil, a mim, explicar,
Porque com palavras requintads,
Eu não aprendi a trabalhar.
A poesia que eu não sei escrever,
Quem me lê, entende o que eu digo,
Porque os versos, que comumente faço,
Se parecem muito comigo.
A poesia que eu não sei escrever,
Explicar, é tempo jogado fora,
Pois é aquela, leitor amigo,
Que eu não escrevi, até agora.
Iva da Silva
São Francisco de Assis - RS
( Antologia virArte Limiar, 2006 )
É essa com palavras sofisticadas,
Fala uma coisa, se entende outra,
A mensagem, nem sempre, é decifrada.
A poesia que eu não sei escrever,
Tem pouca rima, geralmente,
Versos e estrofes se sucedem,
Mas não encaixam devidamente.
A poesia que eu não sei escrever,
É difícil, a mim, explicar,
Porque com palavras requintads,
Eu não aprendi a trabalhar.
A poesia que eu não sei escrever,
Quem me lê, entende o que eu digo,
Porque os versos, que comumente faço,
Se parecem muito comigo.
A poesia que eu não sei escrever,
Explicar, é tempo jogado fora,
Pois é aquela, leitor amigo,
Que eu não escrevi, até agora.
Iva da Silva
São Francisco de Assis - RS
( Antologia virArte Limiar, 2006 )
Voltaram as Andorinhas
Voltaram as andorinhas,
ao mesmo céu onde tinhas
os sonhos iguais aos meus.
Hoje estou triste... Pudera!...
É setembro!... É primavera!...
Dói muito mais um adeus.
Voltaram as andorinhas,
da mesma forma em que vinhas
carregada de promessas.
As andorinhas, no entanto,
já não têm o mesmo canto...
Eram outras... E não essas!
No ar, perfume das rosas
e asas, asas nervosas
em alegres espirais.
Voltaram as andorinhas...
Voltaram hoje as queixas minhas
porque tu não voltas jamais...
Miguel Russowski
Joaçaba - SC
( Antologia virArte Canções ao Vento, 2004 )
ao mesmo céu onde tinhas
os sonhos iguais aos meus.
Hoje estou triste... Pudera!...
É setembro!... É primavera!...
Dói muito mais um adeus.
Voltaram as andorinhas,
da mesma forma em que vinhas
carregada de promessas.
As andorinhas, no entanto,
já não têm o mesmo canto...
Eram outras... E não essas!
No ar, perfume das rosas
e asas, asas nervosas
em alegres espirais.
Voltaram as andorinhas...
Voltaram hoje as queixas minhas
porque tu não voltas jamais...
Miguel Russowski
Joaçaba - SC
( Antologia virArte Canções ao Vento, 2004 )
Pâmela
Tem umas luzes
de estrela
Quando ela passa,
todos os passarinhos
cantam
e brota um anjo
da terra.
Ramóm Ayala
Buenos Aires - Argentina
( Antologia virArte Alma de Mulher, 2004 )
de estrela
Quando ela passa,
todos os passarinhos
cantam
e brota um anjo
da terra.
Ramóm Ayala
Buenos Aires - Argentina
( Antologia virArte Alma de Mulher, 2004 )
Universo
Dizem infinito...
Mas
quando uma criança nasce
um desvalido sorri
uma flor se abre
um pássaro canta
ou alguém abre o coração
perdoando uma injúria
ele se ajeita
procura espaço
e cresce um pouquinho mais.
Alcione Sortica
Porto Alegre - RS
( Agenda virArte, 2006 )
Mas
quando uma criança nasce
um desvalido sorri
uma flor se abre
um pássaro canta
ou alguém abre o coração
perdoando uma injúria
ele se ajeita
procura espaço
e cresce um pouquinho mais.
Alcione Sortica
Porto Alegre - RS
( Agenda virArte, 2006 )
Subscribe to:
Posts (Atom)