Rio & tempo

funéreo o penhasco
suja a água
sem o dom original,
desacompanhada do leito
já sem curso

mas as gentes sorriam e
falavam
olhando o estranho rio,
com dobras no curso
longe do leito

no escuro do rio
– as dores das gentes
escuras também
em seu parco viver.

Edinara Leão
Santa Maria - RS
Poema publicado no blog da escritora: aqui

1 comment:

Rita Velosa said...

Genial...como sempre!
Beijos,Rita