Azul como o mar

Não te ofereço riquezas
Porque não as tenho.
Não te ofereço esperanças
Porque não as fabrico.
Não te ofereço ouro,
Nem pérolas
Porque ofuscam meus olhos.
Ofereço-te o céu de Brasília,
Azul como o mar.
Ofereço-te a beleza sutil
De nosso cerrado
E seus mananciais.
Ofereço-te as flores do Ipê
Que o vento de maio
Lança sobre a relva.
Ofereço-te a terra sagrada
Que piso e o fogo que
Aquece os alimentos.
Colhe-os!
Colhe-os em teu Ser,
Dádivas são.

Ray Lucena Strehler
Brasília - DF
( Antologia virArte Aldeia, 2007 )

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